domingo, 18 de dezembro de 2011

Uma esquiva partícula

Uma notícia salta e é verdadeiramente emocionante. Eu, pelo menos, emocionei-me ao ouvir que uns cientistas estavam a obter grandes progressos nas suas investigações. Trabalham no CERN (Suíça), equipamento dedicado ao estudos de física subatómica e aparecem agora prontos para caçar o bosão de Higgs, aquela esquiva partícula do átomo.
É esquiva porque os investigadores, que explicam o caso, percebem que está escondida dentro do átomo e não conseguem apanhá-la. Mas avançam nos progressos e deles nos falaram com regozijo e esperança de vitória. Acho que ninguém pode desejar outra coisa!
Realmente, conseguir analisar a estrutura complexa do átomo é a façanha científica que nos falta para melhorarmos a nossa geral compreensão do Universo. Tem a magna importância dos factos determinantes a todos os níveis do conhecimento humano nem que seja em mero nível da (minha) cultura geral. Se, apesar de tudo, existem milhões de pessoas no mundo que vivem indiferentes, isto é, que não estremecem quando olham para o céu estrelado, isso apenas indica que andam de olhos  fechados para o que, além de surpreendente e maravilhoso, é óbvio.
Penetrar nos derradeiros segredos do átomo habilita-nos a conhecer a matéria (que é espaço-tempo), nas suas diversas organizações. Tarefa ingente, infindável, que já permitiu perceber a presença de algo como uma «antimatéria», decerto muito mais abundante, os falados «neutrinos». Precisamos de conhecer do que somos feitos, assim escancarados para o cosmos e com interrogações maiores que nós, contemplando de longe fenómenos como os «buracos negros» - pelos quais tudo se esvai, galáxias inteiras, inclusive a luz... e nós sem podermos espreitar do outro lado.

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