A causa é humana e é universal, incontestavelmente. Consiste em lutar com a máxima entrega e a maior coragem pela democracia e o socialismo, aspirações as mais fundas e ardentes que percorrem pulsando no coração de sucessivas gerações. A legenda «Liberdade, Igualdade, Fraternidade», bandeira da Revolução Francesa, enuncia essas mesmas aspirações latentes e sempre postergadas.
São aspirações irreprimíveis. Percorrem os séculos da história do mundo até aos nossos dias, sulcando-os de luminosas lutas, vitórias e derrotas num rasto imenso de sangue e sofrimento. Nesse esplendoroso espelho é que a humanidade pode contemplar-se em retrato inteiro, de corpo e alma, sabendo que democracia e socialismo são as duas margens de um único caminho, o da emancipação em liberdade.
São, bem entendido, aspirações inesgotáveis como a esperança que povoa os sonhos dos povos humilhados e ofendidos. E são inesgotáveis porque assim são as lutas, travadas no terreno com vista ao melhor futuro coletivo, que atribuem o conteúdo real, mais ou menos largo, que tem ou pode ter a democracia ou o socialismo. Lembra-o com oportunidade o livro agora publicado Os Revolucionários (edição Anáfora, Lisboa, 424 pp).
O autor, escritor Manuel de Seabra, dedica a obra a Jacques Le Puil, Leonardo Freitas e Vimala Devi. Em nota, Leonardo Freitas (quem o não recorda à frente da Editorial Escritor?) regista o acrescento posterior, nesta obra, de três «valorosos militantes da luta por uma sociedade menos selvagem»: Manuel Pedro, Conceição Matos e António Gervásio, com retratos na capa. O leitor encontra nestas páginas uma vasta galeria de figuras exemplares.
São cerca de duzentas as figuras resenhadas em breves biografias, desde 133 antes da nossa era (com os Gracos, da primeira reforma agrária) até à atualidade. Portugueses são Militão Ribeiro, Bento Gonçalves, Catarina Eufémia, H. Palma Inácio, José Dias Coelho, Júlio Fogaça e Álvaro Cunhal; mas aparecem também Luís Carlos Prestes, Agostinho Neto, Samora Machel, entre outros. Naturalmente, poderão discutir-se algumas das escolhas feitas, mas é óbvio o interesse cultural da antologia.
Finalmente, atendendo às inquinações e aos conformismos do tempo presente, convem sublinhar a semântica daquele título. Revolucionário é o ato insubmisso ou insurreto causador de mudança e profunda renovação social. Não será esse o verdadeiro motor do progresso humano?
O autor, escritor Manuel de Seabra, dedica a obra a Jacques Le Puil, Leonardo Freitas e Vimala Devi. Em nota, Leonardo Freitas (quem o não recorda à frente da Editorial Escritor?) regista o acrescento posterior, nesta obra, de três «valorosos militantes da luta por uma sociedade menos selvagem»: Manuel Pedro, Conceição Matos e António Gervásio, com retratos na capa. O leitor encontra nestas páginas uma vasta galeria de figuras exemplares.
São cerca de duzentas as figuras resenhadas em breves biografias, desde 133 antes da nossa era (com os Gracos, da primeira reforma agrária) até à atualidade. Portugueses são Militão Ribeiro, Bento Gonçalves, Catarina Eufémia, H. Palma Inácio, José Dias Coelho, Júlio Fogaça e Álvaro Cunhal; mas aparecem também Luís Carlos Prestes, Agostinho Neto, Samora Machel, entre outros. Naturalmente, poderão discutir-se algumas das escolhas feitas, mas é óbvio o interesse cultural da antologia.
Finalmente, atendendo às inquinações e aos conformismos do tempo presente, convem sublinhar a semântica daquele título. Revolucionário é o ato insubmisso ou insurreto causador de mudança e profunda renovação social. Não será esse o verdadeiro motor do progresso humano?
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